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Exposição: Caio Fernando Abreu – Doces Memórias

Caio Fernando Abreu – Doces Memórias

Esta mostra integra as homenagens do projeto “A palavra líquida – Caio F. Epifanias”, do Sesc Rio, para lembrar os 20 anos de saudade deixados por um dos maiores nomes da literatura contemporânea e que permanece cada vez mais pulsante.

O eixo que a conduz a exposição “Caio Fernando Abreu – Doces Memórias” é a própria palavra do escritor, inserida em meio às suas principais referências: música, cinema, astrologia e arte. Trechos de sua obra se mesclam a cenários para revisitarmos as cidades onde viveu, como o bairro Menino Deus, em Porto Alegre, em que passou os últimos anos de batalha contra a aids. Objetos pessoais e a recriação da atmosfera de espaços do seu dia a dia, como o local de trabalho, a sala da casa e o quarto de Caio, dão o tom intimista da exposição.

 

A Exposição fez parte de uma extensa programação no SESC Rio na segunda edição do projeto A Palavra Líquida, tendo como homenageado o escritor, jornalista e dramaturgo (1948-1996) Caio Fernando Abreu – expoente da literatura brasileira que completa 20 anos de falecimento em 2016. Com idealização e curadoria da Gerência de Cultura do Sesc RJ A Palavra Líquida |Caio F. Epifanias propõe uma interface da literatura com diferentes linguagens artísticas – artes visuais, cênicas, audiovisual e música – abordando a tendência híbrida da palavra no mundo contemporâneo. A intenção é provocar uma reflexão sobre as novas práticas textuais que estão transformando a noção de autoria, de leitura e de escrita no mundo, a partir de temáticas relevantes na cultura brasileira.

Das coisas mais doces

“Caio Fernando Abreu (1948-1996) – durante sua curta, mas intensa vida – produziu incansavelmente desde muito cedo: contos, romances, novelas, crônicas, cartas, poemas, peças de teatro. Paralelamente, encontrou na atividade jornalística o suporte necessário para desenvolver a arte da escrita literária, seu dom e destino maior.

Retratando como poucos as dores, paixões e os insondáveis mistérios da alma humana, seus textos podiam ser implacáveis e cortantes ou irresistivelmente doces e líricos. O estilo provocante e sincero refletem seu refinamento estético, sonoridade e apuramento inconfundíveis.

A relação ambígua de amor e ódio com as cidades onde viveu revelam a inquietude de
uma alma peregrina. Partiu para o mundo feito um Dom Quixote a enfrentar seus moinhos e voltou às suas raízes para enfrentar o seu destino.

 

  

 

Para criar, cercava-se de várias referências: música, astrologia, cinema, literatura, amigos e família. É um retrato desse universo plural que a exposição “Caio Fernando Abreu – Doces Memórias” pretende trazer a um público cada vez mais interessado em sua palavra.

Para lembrar os 20 anos da morte do autor, a exposição chega em 2016 ao Rio de Janeiro com novos elementos sensoriais e o sentimento de que “na vida as coisas mais doces custam muito a amadurecer”, como Caio costuma dizer.

De forma não convencional, como ele próprio o era, a exposição compartilha uma viagem pela obra e vida de Caio Fernando Abreu com o intuito de despertar o desejo de mergulhar e conhecer mais a fundo seu universo particular.”

Cláudia de Abreu Cabral e Márcia de Abreu Jacintho – Texto de abertura da Exposição

 

Ficha técnica

Curadoria: Márcia de Abreu Jacintho e Cláudia de Abreu Cabral
Produção Executiva: Liana Farias e Lídia Oyo
Pesquisadora e assessoria de Acessibilidade: Lara Souto Santana
Diretor de Arte: Jefferson Duarte – Celophane Cultural
Museóloga: Thaís de Oliveira
Designer Gráfico: Alisson Sbrana
Produção cenográfica e montagem: Cenografia Sustentável
Iluminação: Marco Cardi
Programação Visual: Profisinal

Realização
AACF – Associação de Amigos do Caio Fernando Abreu
OF Produções

SESC RJ


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