Cenografia

Revirada Fatal#13 e Tudo tem um FIM

Festa da Santa Muerte – Revirada Fatal#13 – SESC Ipiranga

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Os habitantes do México da era pré-hispânica já manifestavam uma reverência à morte (e aos mortos), por meio de cultos específicos. Algumas dessas manifestações mantém-se nos dias de hoje, como o Dia dos Mortos ou Dia de Los Muertos, considerado como Patrimônio da Humanidade, tem um significado mais profundo do que o peculiar gosto pela morte: é uma celebração do povo mexicano ante sua identidade cultural e a memória herdada de seus antepassados. Permeada pela alegria, a festa parte da crença que nos dias 1 e 2 de novembro, os mortos regressam às suas casas para visitar seus familiares e desfrutar sua companhia. Há música, vigílias e oferendas e é comum que crianças pequenas também participem das homenagens. O evento sincrético traz elementos como o uso de esqueletos para lembrar aos vivos sua mortalidade. A figura de Santa Muerte faz parte dessas manifestações e é geralmente representada como uma figura esquelética vestida com um manto que carrega um ou mais objetos, normalmente uma gadanha e um globo.

A instalação do artista e cenógrafo Jefferson Duarte traz referências da comemoração tradicional mexicana revisitada pela cultura pop contemporânea, distribuída em estações para visitação como as “Lápides famosas”, “Beber o morto”, “Espaço de Los muertos”, “Convidados do além” e “Altar Santa Muerte”. A ambientação fez parte da Virada Cultural do SESC Ipiranga

Meses depois a Instalação foi remontada “Tudo tem um fim?” Espaço de Leitura – Parque da Água Branca – SP

MORTE: PARTE DA VIDA
A morte é cercada de mistérios, a­final, ninguém que a tenha experimentado voltou para nos contar como ela é.
Nós, ocidentais, há um bom tempo transformamos a morte em um tabu e passamos a fugir do que nos remete a ela.
Esse comportamento é revelado por nossos ritos: a morte deixou de ser familiar, doméstica e compartilhada com as
crianças. Delegamos ao hospital os cuidados com a morte, nos distanciamos da sua presença e, comumente, não
levamos mais nossas crianças aos ritos funerários. A fuga da morte nos impede de enfrentá-la e elaborá-la. No
entanto, é inevitável que teremos que lidar com a morte das pessoas queridas e enfrentar o nosso ­ medo. Mas será que tudo
realmente tem um ­ fim?

Revirada Fatal#13 – SESC Ipiranga

Criação e Produção: Celophane Cultural
Equipe de adereços e montagem:
Karla Duarte – Kakarekos da Karla
Julio Cesar Fialho
Eduardo Correa
Tania Pereira Lima
Apoio: Candotti Cenografia.

Impressão: Olho Digital

Tudo tem um fim – Espaço de leitura

Exposição “Tudo tem um fim?” Espaço de Leitura – Parque da Água Branca – SP

Textos: Claudiana Cabral e Patrícia Bomfim
Ilustrações e projeto gráfico: Lua Nucci
Cenografia e Produção Celophane Cultural
Montagem Carol Daniele, Fernanda MIlani e Karla Duarte
Caveiras do altar: Kakarekos da Karla
Impressão Olho Digital
Coordenação: Patrícia Maciel Bomfim e Tatiana Fraga


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