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Cenografia
Ser Tão Cariri
Ambientação da Festa Junina
“Ser Tão Cariri” realizada pelo SESC – Ipiranga – São Paulo.
A Festa aconteceu junto com a Exposição fotografias: Tiago Santana – Cariri Mágico e Fundação Casa Grande
Mais do que uma área geográfica, o Cariri é palco de convergência de culturas, livro vivo da saga da gente meio lusa, meio moura, meio negra, meio india. A região rodeada pela Chapada do Araripe, o famoso “umbigo do mundo”, tem seus sentidos estimulados pelos ritmos e encantos dos pífanos, pelo som refinado das rabecas, pela poesia do cordéis, pelos benditos, reisados, bandas cabaçais, forrós, xotes, xaxados, repentes e baiões, pela visualidade das xilogravuras e do artesanato local.
O Cariri constitui-se em região de magias. Mistura as paisagens em painéis complexos. É seco sem ser. E grande sem ser. Se é noite de luar, as histórias narradas nas calçadas são conta de antigas mitologias, de causos trançados, de personagens míticos. Alí a lenda se confunde com a realidade. Nos contos e crenças do povo, os milagres de Padre Cícero se renovam todos os dias.
A atualidade da região revela diálogos entre tradições e modernidades, mostrando-a como referência e influência nas experiências que relacionam o potencial sociocultural do Cariri de hoje com seu olhar para o futuro. Assim se deslocam, nesses meses de Maio e Junho, entre o Estado do ceará e a cidade de São Paulo, a poesia do centenário Patativa do Assaré; o som refinado da rabeca do músico, pesquisador e luthier Di Freitas; a magia do trabalho sócio cultural desenvolvido pelo SESC Juazeiro do Norte/CE com a Orquestra de Rabecas SESC – Cego Oliveira; os frutos da importante experiência de modelo de ação sociocultural e educativa desenvolvido pela Fundação Casa Grande – uma escola no município de Nova Olinda que etm sido considerada modelo de gestão cultural e polo de comunicação; O “Cariri mágico” do fotógrafo Tiago Santana e as surpresas e tradições de “Ser tão Cariri” no festejos juninos.
Os versos, “Só deixo meu Cariri no ultimo pau-de-arara”, imortalizado na voz de Luiz Gonzaga, revelam ao mundo os rigores da vida no sertão do nordeste brasileiro. A canção converteu-se num emblema da luta pela sobrevivência, confirmando a visão do jornalista Euclides da Cunha de que o sertanejo é, antes de tudo, um forte. Meio século depois de ser lançada a música, muitos deixaram passar o ultimo pau de arara. Permanecem no Cariri, plantando arte e poesia. O que foi chão duro virou um sertão de educação e cultura.
Permanência e experimento fazem da cultura o mais rico elemento dos pensamentos, desejose atos humanos. O SESC SP, em seu movimento de conservação e provocação cultural cosntante, potencializa e amplifica a importância das ações socioeducativas e culturais, que se dilata e se comprime, nos ensinando que é um todo, e não em pequenaS partes, que faz da vida uma riqueza inestimável.
Danilo Santos de Miranda – Diretor Regional do SESC São Paulo
Projeto Cenográfico: Celophane Cultural
Cenotecnia: Candotti Cenografia
Elementos gráficos: Fernando Vilela
Fotografias: Tiago Santana
Esculturas: Gil Verx
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